O Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, como legítimo representante do setor exportador do café brasileiro, realiza diversas ações sustentáveis, com racionalidade e junto ao cafeicultor e demais seguimentos, que visa ao interesse nacional. Por meio dos seus Programas de Responsabilidade Social e Sustentabilidade, o Cecafé e seus associados reafirmam o compromisso do País na difusão das melhores práticas ambientais e sociais em todos os seguimentos da cadeia produtiva.

Nos últimos anos, o Cecafé tem buscado estabelecer junto aos demais elos produtivos um plano estratégico de promoção da imagem e da comunicação voltadas à sustentabilidade do café brasileiro, incluindo as questões sociais.

Na busca por um diálogo maduro e por uma promoção de um debate responsável entre os diversos elos da cadeia produtiva relacionada a cafeicultura, o Cecafé vem participando de diversas inciativas de construção de uma confiança mútua com troca de informações e práticas sustentáveis no campo social, envolvendo uma agenda positiva em relação às melhores práticas trabalhistas, segurança ocupacional, atendimento a legislação e bem-estar social.

Para tanto, vale dar destaque ao trabalho de promoção do diálogo nessa área realizado pelo InPACTO, Instituto Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, importante organização não governamental, parceira do setor exportador. Somado a isso, o Cecafé é membro associado deste Instituto desde 2015.

O Instituto atua diretamente com empresas na construção conjunta de caminhos que promovam o trabalho decente nas cadeias produtivas nacionais e internacionais, pauta fundamental e totalmente alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, principalmente ao ODS 8: Trabalho Decente e Crescimento Econômico, ao ODS 12: Consumo e Produção Responsáveis e ao ODS 17, sobre a importância das parcerias para o desenvolvimento sustentável.

Como resultado desse propósito e da história de atuação, o InPACTO é convidado para colaborar com governos, organizações empresariais e sociedade civil no Brasil e no exterior.

Outra iniciativa de destaque é a Sustainable Coffee Challenge – SCC, um esforço colaborativo de empresas, governos, ONGs, instituições de pesquisa, entre outros, para promover a ampla sustentabilidade da cafeicultura brasileira. Os parceiros deste Desafio estão desenvolvendo ações em conjunto para aumentar a transparência, alinhando-se em torno de uma visão comum de sustentabilidade para acelerar o progresso em direção a essas metas.

Concebido pela Conservation International e Starbucks, lançado durante as reuniões climáticas de Paris de 2015 com 18 parceiros fundadores dedicados à sustentabilidade do café, o Desafio visa estimular uma maior demanda por café sustentável, sócio e ambientalmente, proveniente de todos os países produtores Desde então, o movimento cresceu para mais de 130 parceiros internacionais. O Brasil foi escolhido como o primeiro para liderar/implementar um projeto piloto focado em questões específicas da agenda social, abrindo portas para criar novos saberes e metodologias que possam ser aplicadas em outros países.

Nesta agenda de comunicação e de promoção da imagem do café brasileiro, aliada a crescente preocupação de muitas organizações, nacionais e internacionais sobre as condições de trabalho de produtores e de trabalhadores rurais do café, diversos eventos estão sendo programados com a atuação destes parceiros estratégicos. Como exemplo, mesas redondas, rodadas de conversa, dias-de-campo, workshops e reuniões técnicas a serem realizadas nos próximos meses, com o objetivo de compreender com maior clareza o desafio e as oportunidades regionais, bem como proporcionar um maior diálogo das potencialidades das instituições, empresas e sociedade civil interessadas na promoção de uma agenda de direitos humanos na produção do café.

O Instituto InPacto, em parceria com a iniciativa Sustainable Coffee Challenge, com a colaboração proativa do Cecafé e diversas outras instituições do setor, apoiarão eventos cujos objetivos são:

  • Entender o contexto regional para melhorar a compreensão dos desafios e potencialidades da região;
  • Criar espaço de confiança: gerar empatia com organizações e produtores que trabalham na região e construir um pacto setorial ou uma ação coletiva local;
  • Ouvir a perspectiva local: atores locais sobre os desafios e abordagem para possíveis soluções;
  • Compartilhar as intenções: esclarecer sobre as diretrizes do Sustainable Coffee Challenge para promover mudanças em um tópico ou agenda específica, como condições de trabalho e igualdade de gênero e gerar dados, informações e monitoramento;
  • Criar um senso de compartilhamento de dados entre todos os participantes, cada um com sua experiência ou coleta de dados.

O Cecafé acredita que a discussão sobre as melhores práticas e uma melhor compreensão sobre as ações desenvolvidas são um caminho para alcançar a sustentabilidade no pilar Social.

Importante salientar que o Brasil já possui a certificação natural devido as Leis sociais, ambientais sólidas e abrangentes e resultado o econômico consolidado. Dentro desse contexto vale destacar que dentre os países produtores de café no mundo, o Brasil é o país que mais repassa o preço FOB – Free on Board (valor negociado pela saca de café colocada a bordo do navio) para o cafeicultor. Conforme metodologia do indicador IPEP – Participação do preço interno no valor FOB das exportações brasileiras de café arábica, o Brasil repassa aproximadamente 84% dos preços. Tal patamar demonstra a eficiência logística e a transparência dentro da cadeia produtiva do café.

O Cecafé continuará seguindo em direção a sua missão: trilhando o caminho certo para um futuro cada vez mais sustentável e socialmente responsável.

 

Marcos Matos
Diretor Geral do CECAFÉ

Lilian Vendrametto
Gestora de Sustentabilidade do CECAFÉ