Fórum do Agronegócio Sustentável com Tecnologia e Inovação contou com a participação do Cecafé e apresentou projetos inovadores focados em sustentabilidade

 

O diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, participou, ontem, 29 de fevereiro, do Fórum do Agronegócio Sustentável com Tecnologia e Inovação, realizado pelo Instituto Mineiro de Agronegócio Sustentável (IMAS) e pela Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Araguari e Região (Coocacer), com o apoio do deputado federal Zé Vitor, em Araguari (MG).

Segundo ele, o evento foi um importante momento para discutir os caminhos que tornem a cafeicultura brasileira ainda mais sustentável, com olhos em iniciativas que colaborem, por exemplo, para mitigar os impactos das mudanças climáticas na atividade e fazer com que ela seja um importante contribuidor da redução do aquecimento global.

“Os produtores brasileiros já trabalham com foco no respeito ao ambiental e ao social, adquirindo renda digna na atividade e colaborando para a melhora global do meio ambiente. O Fórum apresentou um amplo debate sobre esses avanços da cafeicultura e projetos inovadores focados em sustentabilidade, colaborando para evidenciar todo o aspecto sustentável da produção cafeeira no Brasil, o que é fundamental diante de um mercado consumidor mundial cada vez mais exigente”, destaca Matos.

O diretor-geral do Cecafé deu suas contribuições em dois painéis. No primeiro, que teve o deputado Zé Vitor como moderador e participação do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion, e do advogado, pesquisador e comentarista dos canais GloboNews e Futura, Ronaldo Lemos, os participantes debateram o futuro da governança socioambiental (ESG) no agronegócio brasileiro; como viabilizar a sustentabilidade econômica combinada com o ambiental, o social e o uso da tecnologia; além das oportunidades e diferenciações da sustentabilidade no agro e nas exportações frente às exigências do mercado e “Agenda Verde” do Congresso Nacional.

Durante as explanações, o presidente da FPA destacou as principais ações em prol da defesa do agronegócio braseiro e relatou as preocupações referentes às exigências das novas regras internacionais, como o EUDR, dando o exemplo de algumas cadeias produtivas.

“O deputado Lupion salientou que algodão e café são as cadeias mais avançadas no posição internacional referente ao atendimento das exigências socioambientais devido a uma série de compromissos e iniciativas que as lideranças desses segmentos realizam com foco em sustentabilidade, qualidade e rastreabilidade desses produtos nacionais frente aos mais diversos mercados”, externa Matos.

No outro painel, que contou com a participação do diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal,  abordando cafeicultura digital e as oportunidades de mercado ao produtor com o selo de Denominação de Origem da Região do Cerrado Mineiro, o diretor do Cecafé fez esclarecimentos sobre o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), o alcance da Plataforma de Rastreabilidade Cafés do Brasil, desenvolvida pelo Cecafé junto com a Serasa Experian, para o futuro, e como os outros países têm desenvolvido normas voltadas para a sustentabilidade na importação de café.

Conforme a organização, essa iniciativa visa à construção de uma base sólida de educação para sustentabilidade permanente, com responsabilidade, fundamentada nos eixos educacional, ambiental, social, econômico e governança. O Fórum contempla as iniciativas do Projeto Café Sustentável e promoveu discussões a respeito de necessidades e soluções sobre como o setor pode agir para reduzir os efeitos do aquecimento global e mudanças climáticas.