Organizações mundiais destacam resiliência e capacidade de reinvenção da cafeicultura diante de adversidades de clima, mercado e novas regras de comércio em tempos de ESG

De 9 a 11 de março, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou da Convenção Anual da Associação Nacional do Café (NCA, em inglês) dos Estados Unidos, em Tampa, na Florida (EUA), que contou com um público aproximado de mil pessoas.

Com o tema “Resiliência e Reinvenção”, o evento abordou tendências de mercado e consumo, preços, desafios climáticos e novas regras globais do comércio em tempos de governança socioambiental (ESG), destacando como a cafeicultura global deve ser resiliente para enfrentar os constantes desafios que se apresentam e a infinita capacidade do setor se reinventar para enfrentar e superar essas adversidades.

De acordo com o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, que representou a entidade no evento da NCA junto com o presidente Márcio Ferreira, a participação consolida a atuação estratégica do Conselho junto às principais organizações globais do café.

“Atuamos em diversas frentes, nos painéis temáticos e em reuniões paralelas específicas com os segmentos da cadeia produtiva mundial, com nossas iniciativas recebendo destaque nesses ambientes, principalmente no que se refere aos projetos do Cecafé relacionados à gestão de riscos e ao Projeto Carbono, que atesta a sustentabilidade dos cafés no Brasil, ao evidenciar que a atividade mais sequestra do que emite gases de efeito estufa na atmosfera, sendo importante agente no combate ao aquecimento global”, destaca Matos.

Diante das novas regulações de mercado que emergem na Europa e nos Estados Unidos, o Cecafé também participou de um workshop com as principais organizações de café de EUA, União Europeia, Reino Unido, Suíça e Brasil para apresentar as ações concretas dos programas de responsabilidade social e sustentabilidade, discutir as tendências regulatórias e a visão de futuro dos setores em tempos de ESG.

“Como resultado desse workshop, será formato um núcleo estratégico entre essas entidades cafeeiras mundiais para estruturar um plano de ação ao desenvolvimento de trabalhos conjuntos, com transferência de conhecimentos e know how, diante dos desafios e oportunidades atuais e futuros da cafeicultura global”, conclui.

A NCA é uma das associações comerciais mais antigas dos EUA e representa a indústria cafeeira norte-americana do campo à xícara desde 1911. Composta por empresas de todo o setor, representa cerca de 1,7 milhão de empregos na economia do país e tem trabalho voltado desde manter-se à frente da legislação mais recente até revisar pesquisas sem precedentes sobre café e saúde.