Encontro promovido pelo GFEMS tratou da linha de ajuda “Nossa Voz” e ações de sustentabilidade do segmento exportador de cafés do Brasil

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) se reuniu, na sexta-feira, 26 de abril, no escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Brasília (DF), com representantes do governo dos Estados Unidos (U.S. TIP Office) e do Global Fund to End Modern Slavery (GFEMS) para tratar da devida diligência em diretos humanos na cadeia produtiva do café.

Além das oportunidades geradas pelo mecanismo de reclamação “Nossa Voz” – um Programa do GFEMS financiado pelo governo dos Estados Unidos – para o aprimoramento dos processos de devida diligência e promoção da melhoria contínua da dimensão social da sustentabilidade do setor cafeeiro, a reunião também tratou das ações de responsabilidade socioambiental desenvolvidas pelo segmento exportador.

“Os representantes do governo norte-americano tomaram conhecimento da ‘Plataforma de Monitoramento Socioambiental Cafés do Brasil’, desenvolvida pela Serasa Experian, em parceria com o Cecafé, a qual permite que a conformidade aos critérios ESG dos grãos exportados seja atestada a partir de bases de dados públicas oficiais do Estado brasileiro, gerando informações auditáveis e aprimorando a eficiência dos processos de devida diligência das empresas e cooperativas exportadoras”, revela Silvia Pizzol, gestora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do Conselho.

De acordo com ela, foram destacados os investimentos realizados pelos exportadores por meio de seus programas de sustentabilidade, que transformam a originação sustentável do café em uma importante contribuição para a melhoria do bem-estar social e da qualidade de vida nas origens produtoras.

O Cecafé também apresentou o programa “Produtor Informado”, uma plataforma de ensino à distância que apoia a inclusão digital de jovens, mulheres, produtores e trabalhadores rurais, fomentando o aprimoramento de suas habilidades profissionais na era da economia digital.

Além disso, no curso sobre sustentabilidade, disponibilizado em parceria com a Plataforma Global do Café, é trabalhada a conscientização sobre as boas práticas relacionadas a um ambiente de trabalho decente, com saúde, segurança, liberdade, equidade e remuneração adequada para uma vida digna.

“A reunião promovida pelo GFEMS criou a oportunidade para mantermos o diálogo com o governo norte-americano com vistas na discussão dos critérios para exclusão do café brasileiro da ‘lista de bens produzidos por trabalho infantil ou trabalho forçado’, publicada regularmente pelo Bureau of International Labor Affairs (Ilab) do Departamento do Trabalho do governo dos Estados Unidos”, completa Silvia.