Com investimentos em governança socioambiental, país é referência para atender a um mercado cada vez mais exigente, voltado aos critérios ESG

Um evento que reuniu os principais atores da cadeia produtiva do café, do grão à xícara, com informações sobre todos os processos, da produção, industrialização e exportação até o consumidor final e espaço para networking e realizações de negócios. Esse foi o Rio Coffee Nation 2022, ocorrido nos dias 15 e 16 de outubro, na Casa França Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), onde o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) realizou mais uma ação de promoção da imagem e da sustentabilidade do produto nacional.

A gestora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da entidade, Silvia Pizzol, apresentou, em palestra, os pontos fortes e focais de ação do Conselho, que estão alinhados ao novo cenário consumidor global emplacado pelos critérios ESG, envolvendo ações de respeito ao meio ambiente e ao fator humano, além de incentivar a capacitação e a geração de renda aos produtores.

“O Brasil está preparado para continuar liderando o mercado global de café, onde variáveis relacionadas à governança socioambiental ganham mais importância. No quesito ambiental (E), é crescente a importância das ações relacionadas às mitigações das mudanças climáticas e um estudo recente promovido pelo Cecafé denota que nossa cafeicultura passou por um processo de intensificação sustentável que a torna referência em redução de emissões de gases de efeito estufa”, destaca.

Quando o foco é o social (S), ela recorda que, além de o Brasil possuir uma legislação trabalhista exemplar, com foco em saúde e segurança do trabalhador, a cafeicultura é uma atividade que retorna desenvolvimento para as comunidades onde é desenvolvida. Em Minas Gerais, por exemplo, o principal Estado produtor de café, existe uma correlação muito positiva entre a área cultivada do produto e o IDH-M, índice que mede a longevidade, a educação e a renda das comunidades.

Já no que se refere à governança corporativa (G), Silvia explica que transparência e rastreabilidade são fatores cada vez mais valorizados pelos consumidores e recorda que o Cecafé possui um Código de Ética e Conduta que transfere para toda a cadeia de fornecimento os preceitos da ética e do compromisso com os dispositivos legais em vigor no Brasil.

Ao destacar os diferenciais de sustentabilidade dos cafés do Brasil, a gestora do Cecafé aponta que estão alinhados às novas tendências de consumo e às novas fronteiras ao produto. Para ela, mesmo diante dos riscos geopolíticos e de recessão global, a governança socioambiental vem se fortalecendo como fator de competitividade e de acesso a mercados. “Os cafés do Brasil estão bem-posicionados para se destacarem nessa tendência, com aspectos positivos nas três dimensões da sustentabilidade: econômica, social e ambiental”, avalia.

Isabela Costa, da área de Promoção Internacional do Cecafé, completa que, atento aos novos e futuros cenários, o Conselho, em sinergia com seus associados e parceiros estratégicos, vem desenvolvendo ações nas áreas mais apreciadas pelos consumidores. “Essas iniciativas visam à melhoria contínua e à valorização da sustentabilidade dos cafés do Brasil, por meio de ações de comunicação, promoção da imagem e ‘advocacy’, que entendemos como fundamentais para que o Brasil permaneça na vanguarda da cafeicultura global”, finaliza.