Na tarde de quarta-feira, 15 de maio, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), representado pelo presidente Nelson Carvalhaes e pelo diretor geral Marcos Matos, e o Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV) se reuniram com o Departamento de Comercialização e Abastecimento e com o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A primeira audiência foi com o diretor Silvio Farnese e tratou da Resolução 5832 do Instituto Colombiano Agropecuário (ICA), que implica restrição de umidade para até 9% ao café verde que entra na Colômbia, explicando que se trata de medida preventiva para evitar a introdução da praga Cryptolestes pusilloides, quarentenária naquele país.

Ocorre, contudo, que a Colômbia exporta seu café com percentual de 10 a 12 pontos de umidade, assim como todos os demais países produtores, embasados em regulamentações vigentes. Assim, a intenção do Cecafé é entender qual a justificativa desse protecionismo, adotado com a imposição de barreira sanitária mais exigente que as normas do mercado internacional como um todo.

Nesse sentido, o Cecafé elaborou ofício, que já foi encaminhado pelo Ministério da Agricultura ao Itamaraty e à Embaixada Brasileira em Bogotá, solicitando audiência junto ao governo colombiano para a discussão do tema. O documento também foi enviado ao adido agrícola do Brasil na Colômbia, Marcus Vinicius Segurado Coelho, que também já solicitou audiência junto ao ICA para discussão técnica da questão.

O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa também foi acionado para a verificação e dar um parecer com o embasamento técnico e oficial brasileiro. No ofício, o Cecafé apresentou argumentações técnicas embasado em ampla revisão bibliográfica. O Mapa informou, ainda, que há uma prerrogativa de questionar e ou solicitar a retirada desse requisito da Colômbia junto a Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitária (ONPF).