Encontro destacou importância da defesa das bases públicas do Estado brasileiro, que embasam protocolos de monitoramento socioambiental das cadeias exportadoras impactadas pelo EUDR;
Cecafé compartilhou visão sobre as principais conclusões da “Missão TEI EUDR na Prática”, da qual participou a convite da Comissão Europeia
Nos dias 16 e 17 de junho, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou do “Workshop Técnico – Ferramentas de verificação, rastreabilidade e monitoramento na perspectiva do Regulamento da União Europeia sobre Produtos Livres de Desmatamento (EUDR)”, promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), em Belo Horizonte (MG).
O evento contou com discussões técnicas de alto nível, envolvendo troca de experiências vivenciadas pelos setores privado e público de Minas Gerais, relacionadas ao EUDR, além de esclarecimentos sobre as próximas etapas de desenvolvimento da Plataforma Selo Verde-MG.
“Os debates centraram em ciência e tecnologia aplicada à rastreabilidade agropecuária e na importância de obtenção de informações no nível do ‘plot of land’ para maior acurácia na geração de evidências de que os produtos incluídos no escopo do EUDR são livres de desmatamento, de acordo com os critérios estabelecidos no Regulamento”, explica Silvia Pizzol, diretora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade (RSS) do Cecafé.
No encontro, o Conselho compartilhou sua visão sobre as principais conclusões da Missão “TEI Eurotrip: EUDR na Prática. Fortalecendo parcerias para cadeias de valor livres de desmatamento”, da qual a entidade participou a convite da Comissão Europeia, entre 26 e 30 de maio, junto com representantes do governo brasileiro, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e dos setores exportadores de soja e carnes.
“Diante das diferentes metodologias de verificação do compliance dos sistemas de devida diligência dos operadores econômicos europeus a serem adotadas pelas autoridades competentes, é fundamental o apoio do setor público para a defesa dos bancos de dados do Estado brasileiro, que são a base da verificação dos critérios de legalidade e desmatamento exigidos pelo EUDR”, comenta Silvia.
Segundo ela, o Workshop abriu a possibilidade de construção de uma estratégia multi-institucional para intensificar gestões junto às autoridades competentes dos países membros da União Europeia, visando esclarecimentos sobre as bases oficiais de informações brasileiras que fundamentam os protocolos de monitoramento socioambiental adotados pelas cadeias exportadoras para a geração de evidências alinhadas aos critérios do EUDR.
“A Plataforma Selo Verde-MG, financiada com recursos da Comissão Europeia, é um importante ativo para apoiar o setor cafeeiro nesse diálogo com as autoridades competentes”, conclui a diretora do Cecafé.
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