Em Divinolândia (SP), entidade leva a produtores o contexto atual do comércio global, requisitos, regulações e oportunidades que se apresentam na demanda em tempos de ESG e due diligence

O diretor Geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, ministrou palestra, na noite de ontem (20/06), abordando o tema “O que o mundo espera dos pequenos produtores” durante o 1º Encontro de Cafeicultura Regenerativa/Conservacionista de Divinolândia (SP), realizado por Sebrae-SP, Sistema FAESP/Senar-SP, Associação dos Cafeicultores de Montanha de Divinolândia (APROD) e pelo Sindicato Rural municipal.

Focada na sustentabilidade do café nacional produzido para o Brasil e para o mundo, a apresentação de Matos trouxe o contexto atual do comércio global, e dos requisitos, regulações e oportunidades que se apresentam na demanda de café em tempos de ESG (governança socioambiental) e due diligence.

“Apresentamos os trabalhos de promoção da sustentabilidade dos cafés do Brasil que temos realizado mundo afora e os programas que o Cecafé possui voltados aos respeitos ambiental, social e econômico, enaltecendo que é importante todo produtor estar atento ao mercado contemporâneo para que o Brasil permaneça na vanguarda da atividade, uma vez que, na cafeicultura brasileira, 72% das propriedades possuem até 20 hectares e 78% são da agricultura familiar”, comenta.

Matos pontua que, por ser uma região com pequenos produtores detentores de Fairtrade, demonstraram muito interesse nos próximos passos do Projeto Carbono do Cecafé. “Eles já cultivam o café com aplicação de bioinsumos, biomassa nas entrelinhas, práticas conservacionistas e entendem que isso trará ainda mais vantagens ao se aproximarem dessa nossa iniciativa, que comprova que a cafeicultura brasileira é carbono negativo. Além disso, também veem com bons olhos nossas iniciativas em relação a novas regulações do mercado, com foco em rastreabilidade, o que poderá agregar ainda mais valor ao produto”, revela.

O diretor do Cecafé completa que a aceitação dos trabalhos apresentados foi muito boa por parte do público presente e que esses produtores já estão bem atentos aos cenários presente e futuro da atividade, haja vista o foco em cafeicultura regenerativa e conservacionista.

“É gratificante ver que os cafeicultores brasileiros investem, a cada dia, em boas práticas agrícolas, em práticas descarbonizantes, como no exemplo aqui da região de Divinolândia, o que evidencia o conhecimento e a preocupação com a nova demanda de mercado. Poder contribuir com eles é ainda mais satisfatório, pois é fortalecendo a sinergia entre todos os segmentos que o Brasil seguirá referência na atividade cafeeira global”, conclui Matos.