Presidente do Conselho enalteceu iniciativas e sugeriu estreitamento das relações diplomáticas com países onde produtos do agro brasileiro sofrem taxação e mapeamento do parque cafeeiro
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou, ontem, 12 de novembro, de reunião convocada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na sede da Pasta, em Brasília (DF), com cerca de 20 entidades do agronegócio, para apresentar um balanço das atividades desempenhadas em quase dois anos de gestão e definir prioridades para 2025.
Em sua fala inicial, o titular do Mapa explicou que o encontro era importante por possibilitar, além da apresentação do balanço da gestão, que o governo federal escutasse as entidades representativas de classe.
“Muito mais do que falarmos sobre planos ou pensamentos, queremos receber as demandas, as críticas e as sugestões dos setores. Também é importante prestarmos conta do trabalho ao longo desses dois anos, principalmente, mostrar os nossos resultados alcançados”, citou, em nota, o ministro.
Fávaro também destacou as aberturas de mercados para os produtos do agro brasileiro, que somam 274 novos mercados, em 61 destinos, desde o início de 2023. Esse é um volume recorde e que, para ele, resulta da boa relação diplomática, da dedicação das equipes técnicas do Mapa, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e das entidades do setor.
“Nosso foco, desde o início do governo, é na ampliação das relações comerciais para a agropecuária brasileira, principalmente diante de um cenário de preço de commodities achatados. E queremos continuar trabalhando para que, até o final de dezembro, se não batermos o número de 300 mercados, falte muito pouco”, salientou.
Presente no encontro, o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, pontuou o bom serviço na abertura de mercados por parte do governo, bem como a boa relação diplomática com países onde o agro brasileiro, em especial o café, são tradicionais, o que permite a consolidação do Brasil como um dos principais provedores de alimentos e bebidas do mundo.
Além disso, ele pontuou que é necessária a intensificação das relações com países importadores onde os produtos do agronegócio nacional, como o café, sofrem taxações. “O intuito é suprimir ou reduzir esses tributos, principalmente nas nações onde há desigualdade de taxa em relação ao mesmo produto exportado por outros países concorrentes do Brasil”, disse.
O mapeamento efetivo do parque cafeeiro do Brasil também foi recordado pelo presidente do Cecafé. “Temos conduzido uma ação para que obtenhamos um demonstrativo da cafeicultura brasileira com mais acurácia, o que é importante para que possamos ter levantamentos de safra o mais próximo possível da realidade, combatendo o excesso de especulações existentes no mercado, além de servir como ferramenta fundamental para atestarmos o respeito socioambiental da atividade no Brasil. O ministro entende essa necessidade e, como gestor público, colocou-se à disposição para contribuir no que lhe couber”, destacou.
Ao enaltecer o trabalho de promoção da cafeicultura realizados pelo Mapa e por Fávaro, Ferreira destacou a recém-realizada ação no GP São Paulo de Fórmula 1, que trouxe de volta a imagem dos cafés do Brasil ao palco dos grandes eventos mundiais. “Muito me agradou ouvir do ministro que essa foi apenas uma demonstração, um aperitivo, do que o governo pretende fazer em termos de publicidade e marketing em 2025”, comentou.
Ele completou que a reunião foi “produtiva e proveitosa, sempre sendo interessante o setor público ouvir as demandas dos entes privados”.
Além do Cecafé, participaram do encontro representantes das Associações Brasileiras dos Produtores de Algodão (Abrapa), das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), da Indústria do Fumo (Abifumo), das Indústrias de Pescados (Abipesca), de Laticínios (Viva Lácteos), da Indústria de Alimentos (Abia), do Agronegócio (Abag), de Proteína Animal (ABPA) e de Frigoríficos (Abrafrigo); da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg); Croplife Brasil; Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampa); União Nacional do Etanol de Milho (Unem); Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus BR); Exportadores de Sucos Cítricos Ibiapaba Netto; Indústria Brasileira de Árvores (Ibá); Sociedade Rural Brasileira (SRB); e Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato).
Fotos: Guilherme Martimon/Mapa
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