Cecafé evidencia o melhor IDH nas regiões onde a atividade está presente no Brasil, o balanço de carbono negativo, o grande repasse do preço da exportação aos produtores e as grandes áreas de preservação ambiental nas propriedades cafeeiras

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participou, hoje, 1º de outubro, Dia Internacional do Café, do evento especial organizado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) “Celebrando o café: Sustentabilidade, Cultura e Desenvolvimento”, na sede da entidade, em Roma, na Itália.

Em sua apresentação, Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, destacou os indicadores positivos da cafeicultura brasileira, como o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nas regiões e municípios onde a atividade está presente no Brasil, com caráter destacado de agricultura familiar; o balanço de carbono negativo, com os cafés do Brasil mais sequestrando do que emitindo gases de efeito estufa na atmosfera; o grande repasse do preço da exportação aos produtores, acima de 90% nas últimas safras; e as grandes áreas de preservação ambiental nas propriedades cafeeiras, que, somadas, superam todo o território da Suíça, por exemplo.

“A sustentabilidade está no nosso DNA e nossos resultados no mercado mundial, com market share de aproximadamente 40%, evidenciam não apenas nosso potencial em volume produtivo, mas, principalmente, a diversidade, a qualidade e a sustentabilidade dos cafés do Brasil, que chegam a todos os mercados, respeitando as mais rigorosas leis socioambientais e os critérios ESG vigentes em mercados consumidores gigantes na Europa, América do Norte e Ásia”, comenta Matos.

Ele cita, como exemplo, a excelente aceitação dos cafés do Brasil na Europa, que importou mais de 50% das exportações nacionais em 2024, chegando a um volume de 26,5 milhões de sacas de 60 kg, e onde alguns países aprovaram, recentemente, legislações com enfoque socioambiental, que geram efeitos em toda a cadeia de fornecimento das empresas que importam e comercializam café em território europeu, como a Lei Alemã de Diligência em cadeias de fornecimento (LkSG), a Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa (CS3D), o Regulamento da UE relativo ao trabalho forçado e o Regulamento da UE para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR).

“Mesmo diante de todo esse rigor, a Europa permanece como nosso principal importador, evidenciando a característica sustentável de nossos cafés, que atendem aos critérios demandados nessas regulações de mercado”, enaltece.

O diretor-geral do Cecafé de também falou a respeito do trabalho de rebranding que a cadeia produtiva vem fazendo com a marca Cafés do Brasil.

“A nova narrativa envolve a história de nossa cafeicultura, fortalecendo a nossa nova realidade voltada à sustentabilidade, com ênfase no ‘ESGT’, que é a governança socioambiental acompanhada pelo ‘T’ representando tecnologia, transformação e tradição. Nosso novo posicionamento focará, portanto, em sustentabilidade, diversidade, qualidade e credibilidade”, conclui Matos.