O presidente e o diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Nelson Carvalhaes e Marcos Matos, respectivamente, acompanhados por representantes do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), reuniram-se, ontem, 15 de maio, com o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes.

As entidades relataram a crítica situação vivida no Porto de Vitória, no Espírito Santo. Como consequência da redução de pessoal do Vigiagro-Vitória, as cargas do segundo maior Estado produtor de café do Brasil estão chegando no destino sem o devido amparo dos Certificados Fitossanitários, resultando em custos de armazenagem e de atrasos pela liberação das cargas, em moeda estrangeira, que são repassados aos exportadores.

Segundo informações obtidas por membros exportadores do Cecafé no Porto de Vitória, há casos em que os certificados fitossanitários estão há mais de 30 dias aguardando a liberação, causando enormes prejuízos ao setor.

Pelo Governo, além do ministro Marcos Montes, também participou da audiência o coordenador geral do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), Fábio Florêncio Fernandes, que citou que o Mapa trabalha em diversas frentes diante da gravidade da questão:

i) Realização de força tarefa, nos próximos dias, com a chegada de dois servidores para reduzir o passivo de certificados. A proposta é manter esse esforço durante os próximos meses;

ii) Transferência de um agente de fiscalização do Rio Grande do Sul para Vitória nos próximos 30 dias;

iii) Verificação online de documentação, o que permitirá que auditores de outras localidades possam ajudar na avaliação documental; e

iv) Relatou o indeferimento da remoção de um auditor fiscal da superintendência para o Vigiagro, no Porto, solicitando o apoio do ministro para aprovar tal remoção.

O ministro Marcos Montes apoiou as demandas expostas e se mostrou totalmente a favor da assinatura para a remoção do auditor.

Como ação propositiva, o Cecafé apoiará o novo concurso para auditores fiscais do Mapa junto ao Ministério da Economia, que está em fase de aprovação. Também será feita a gestão junto ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) e ao Itamaraty para que as exigências de alguns países sejam questionadas, objetivando a redução de burocracias, para não sobrecarregar a estrutura do Mapa.